Segundo o DSM-5, a depressão caracteriza-se pela presença de humor triste/deprimido, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo.
Entre a sintomatologia mais frequente encontram-se:
alterações do apetite e nos padrões de sono,
fadiga,
dificuldades de concentração e na tomada de decisão,
ideias de morte ou pensamentos suicidas,
sentimentos de inutilizade,
desvalorização e desespero.
Para que se considere que um sujeito está deprimido é necessário que a sintomatologia persista por um período igual ou superior a 6 meses, tenha impacto não só no funcionamento do sujeito como no que os rodeiam afetando as suas atividades de vida diária.
Segundo aponta a literatura uma das principais variáveis que influencia o desenvolvimento e recaída em estados depressivos prende-se com o suporte social. Assim, assume-se imperativo compreender primeiramente como se caracteriza o suporte social. A investigação, define o suporte social como sendo “essencialmente informação de que o indivíduo é amado, estimado e parte integrante de uma rede social”. Os autores defendem que serviria para cumprir um conjunto de necessidade sociais e de proteção em situações menos típicas vivenciadas pelo indivíduo, desempenhando assim uma função adaptativa em situações de crise.
Segundo o modelo de conceptualização de suporte social deve considerar-se simultaneamente: a quantidade de relações sociais; a sua estrutura formal e o conteúdo dessas relações para a melhor compreensão deste conceito. Como forma de clarificar melhor estas definições e considerando as dúvidas que foram surgindo, alguns investigadores estabeleceram diversas funções desempenhadas pelas relações sociais de suporte, sendo aqui considerado o modelo de Weiss (1974) segundo o qual, relações de suporte incluem: ligação, integração social, estima, confiança, orientação e expressão de sentimentos positivos. Adicionalmente importa referir a importante distinção encontrada na literatura entre suporte formal – organizações sociais formais (hospitais), profissionais (médicos) que estão organizados para fornecer assistência ou ajuda às pessoas necessitadas; o suporte informal refere-se a indivíduos e grupos sociais passíveis de fornecer apoio nas atividades de dia a dia.
As investigações referem a atribuição de uma maior importância a componente funcional do suporte social operacionalizado através do suporte disponível, tal como o tipo de suporte: emocional, instrumental ou material sendo imprescindível considerar não só a qualidade do suporte como o desejo de prestar apoio percepcionado por aquele que o recebe.
Considerando assim resumidamente a informação relativa a suporte social, compreende-se como a ausência do mesmo, pode surgir como stressor, que impacta o bem-estar do indivíduo, tendo repercussões nas diferentes áreas da sua vida. Servindo assim como importante componente a ser considerada na intervenção com o sujeito deprimido.
E, os grupos terapêuticos?
Seria assim importante compreender qual o papel do grupo terapêutico no tratamento da depressão. Como foi evidenciado, a terapia de grupo tem diversos benefícios, segundo aponta a investigação, o grupo terapêutico promove o autoconhecimento, o estabelecimento de interações sociais, ao mesmo tempo que permite o apoio empático e validação da sua experiência não só no grupo de apoio como no terapeuta .
A integração no grupo estimula o crescimento do indivíduo e a resolução de problemas, permite sentir-se compreendido, potencia a capacidade de comunicação e relacionamento com o outro ao mesmo tempo que desenvolve o sentimento de pertença e aceitação da experiência. Características imprescindíveis para transmitir o espaço de conforto e segurança que permitam acolher o sujeito deprimido, potenciando as suas capacidades, abrindo espaço a exploração do seu mundo interno, cicatrizando feridas emocionais, celebrando e reconhecendo os progressos e vitórias pessoais.
Estamos aqui, na PSIKIKA, para o ajudar.
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